domingo, 18 de julho de 2010

quero um amor maior!



Quando paro pra analisar certas frases, como a deste título, me dou conta que alguns sentimentos são eternos e comuns em muitas pessoas.
Visualizamos o amor de filmes que marcaram época, com lágrimas tortuosas e sentimentos adrenalíticos não correspondidos.
Quando crianças amamos os pais, as professoras, nossos animais de estimação, como se pertencesem só a nós e adolescentes, fazemos uma transferencia de possessividade.
Adolescentes vivemos a tórrida paixão de não querer perder, de ter frisson na barriga quando vemos o parceiro em questão, de chorar rios de lágrimas quando eles não aparecem e quando o telefone não toca, ou simplesmente atacá-los agressivamente com crises de ciúmes.
Quando passamos a pensar como adultos, com as emoções sob controle, vemos que tudo não passou de emoção demais, paixão demais e descontrole sobre um sentimento tão novo que acabou tomando todo nosso corpo, pensamento e direção.
Aí nos damos conta que os sentimentos vão ficando amenos, quase frios... Que uma semana de distânciamento que era insuportável acaba sendo agradável, que pequenos defeitos acabaram se tornando quase insuportáveis.
Olhamos o parceiro e muitas das vezes pensamos no que poderíamos estar fazendo se não estivéssemos ali. Desejamos o descontrole de emoções da adolescencia, como se o amor tivesse ficado pra trás.
Mas se pararmos para observar, para tocar e buscar aromas, vamos perceber que aquela pessoa que acreditamos amar, estará presente em todos os lugares. Na hora em que nos divertimos em uma festa, na hora em que sentimos dor ou remorço, na hora em que precisamos de amparo e não de amparar.
E pensamos na possibilidade de vida sem aquela pessoa e visualizamos mil coisas e aventuras divertidas, mas quando paramos pra visualizar a hora em que realmente precisamos de colo, certamente será ela que veremos.
Será seu corpo que procuraremos na madrugada fria, serão suas mãos que buscaremos no momento de acordar e serão seus olhos de despedida na porta para as batalhas do dia-a -dia, e as aventuras, mesmo que não tão divertidas junto á ela, sabemos que também não irão faltar.
Não espere muito do amor, ele é ameno, não é como as paixões! A partir desta certeza, seremos felizes com o que esperamos dele, que nossa existência seja recheada de amores possíveis, por que os impossíveis são para os loucos, e desatentos.
Que possamos doar o nosso máximo, esperando receber o mínimo do outro, porque enquanto nossa busca for do máximo, viveremos insatisfeitos e buscando uma cara metade que não existe.
E a pergunta que fica, Porque buscar uma cara metade, se podemos ter uma cara inteira, parceira e presente?
Ame sem preocupações, sem limites , sem pensar no tempo que passou o no que está por vir.
Simplesmente ame, sem escalas matemáticas, sem formulas mágicas , sem teorias de conspiração, simplesmente ame.

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